sábado, 1 de maio de 2010

Plástico reciclado de melhor qualidade poderá diminuir o descarte no meio ambiente


Que os plásticos são um dos maiores vilões dos ecossistemas de rios e oceanos ninguém duvida. A Baía de Guanabara e os rios que nela desembocam são um triste exemplo disso. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, quando são planejadas obras de dragagens na Baía de Guanabara, calcula-se que as dragas fiquem paradas de 20% a 30% da sua jornada de operação, visto a quantidade de problemas mecânicos gerados pelo lixo que existe entranhado nos sedimentos.


A reciclagem é sempre lembrada como uma das melhores soluções para se evitar os impactos ambientais dos plásticos. No entanto, um dos entraves para que a reciclagem seja o destino de uma parcela maior do lixo plástico é a baixa qualidade do produto reciclado, em comparação ao produto original. É o que os especialistas chamam de “down cycling”.


Uma notícia alentadora chega da COPPE/UFRJ. Uma nova técnica desenvolvida pelos pesquisadores daquela instituição acadêmica promete resolver o problema incorporando o plástico usado com a matéria prima que formará o plástico novo, no próprio processo de polimerização. O professor José Carlos Pinto, responsável pelo projeto, afirmou que, mesmo utilizando 40% de plástico velho para a produção de um novo produto, suas propriedades finais são similares às dos polímeros de primeiro uso, ou seja não-reciclados. Estima-se que 2,2 milhões de toneladas de plásticos são descartados anualmente no Brasil.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, 01/05/2010.

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